A Resposta do Pr. Leandro aos Argumentos Incoerentes do Pr. Valadão
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O problema não está na opinião do Pr. Valadão em taxar a IASD como “seita”, pois os Adventistas estão acostumados a isso. O que de fato incomodou os Adventistas foi a desonestidade intelectual do referido pastor (Valadão) em basear os seus argumentos nos textos “fora do contexto” dos Escritos de Ellen White apresentados. Veja agora a resposta do Pr. Leandro a cada uma das distorções do Pr. Valadão:
Distorção 1: A obra redentora de Jesus Cristo na cruz foi incompleta
O Pr. Valadão afirma que Ellen White disse que a obra redentora de Jesus Cristo na cruz foi incompleta, vindo a completar-se somente no ano de 1844 (O Grande Conflito, p. 420-421).
A realidade dos fatos é que Ellen White foi clara em afirmar que o sacrifício de Jesus Cristo na cruz “era de suficiente valor para salvar o mundo inteiro”, mas que “apenas uns poucos se beneficiariam da salvação a eles levada por um tão maravilhoso sacrifício”. (Patriarcas e Profetas [Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008], p. 67).
Para compreender a teologia Adventista sobre a Expiação, todo pesquisador precisa saber a diferença entre a Expiação Sacrifical Provida e a Expiação Sacrifical Aplicada. Desde 1957, a explicação a seguir está disponível na obra Questions on Doctrine (p. 343-354):
“Achamos ser de suma importância que os cristãos percebam a diferença entre o ato expiatório de Cristo na cruz, como sacrifício que foi completado para sempre, e a sua obra no santuário como Sumo Sacerdote oficiante, ministrando os benefícios desse sacrifício. O que Ele fez na cruz foi feito em favor de todos os homens (110 2:2). O que Ele faz no santuário só é realizado em favor dos que aceitam Sua grandiosa salvação. Ambos os aspectos são partes integrantes e inseparáveis da infinita obra divina de redenção. Um deles provê a oferta sacrifical; o outro provê a aplicação do sacrifício à pessoa arrependida. O primeiro foi efetuado por Cristo como vítima; o segundo, por Cristo como sacerdote”. Sem dúvidas, nada há de herético nisso, mesmo que não se queira concordar com nossa teologia.
Distorção 2: Jesus Cristo não fez a Expiação na cruz pelos nossos pecados
O Pr. Valadão afirma que Ellen White disse que Jesus Cristo não fez a Expiação na cruz pelos nossos pecados (Em Definição da Doutrina, p. 12).
A realidade dos fatos é que até o momento desconheço tal obra Adventista, e cabe ao pastor, antes de publicar esse tipo de informação, conferir a existência ou não da referida fonte.
Distorção 3: Jesus após Sua ressurreição estava inseguro
O Pr. Valadão afirma que Ellen White disse que Jesus após Sua ressurreição estava inseguro, pois Ele não tinha a certeza de Seu sacrifício havia sido perfeito (Vida de Jesus, p. 204).
A realidade dos fatos é que o Pr. Valadão precisa entender que Ellen White tem a preocupação de demonstrar nos escritos dela que o Verbo divino foi tão humano (Hb 4:14-16) que experimentou o que chamamos de “debilidades inocentes”: fome, sede, cansaço, incertezas, etc. Ou seja: Cristo foi afetado pelo pecado, mas JAMAIS INFECTADO por ele 00 8:46; Hb 7:26-27).
Mateus, por exemplo, demonstra que antes de Sua morte, Jesus estava inseguro quanto à presença do Pai, a ponto de clamar: “Meu Deus, Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mt 27:46).
Isso em nada diminui a divindade de Cristo, mas demonstra o quanto Sua imaculada natureza divino-humana (cf. Jo 1:14) sofreu as consequências de nossos pecados (Is 53:3-7). Essa é a linha adotada por Ellen White.
Sendo assim, se o comentário de White a qualifica como “herege”, o evangelista Mateus também o seria, pois ele também ensinou que Cristo teve momentos de incertezas.
Distorção 4: Ellen White sabia o dia e a hora da volta de Jesus
O Pr. Valadão afirma que Ellen White afirmou categoricamente que Deus disse a ela o dia e a hora da volta da vinda de Jesus (Primeiros Escritos, p. 14-15).
A realidade dos fatos é que Ellen White teve a chamada “visão do caminho estreito”, na qual via a jornada do povo do advento até a Cidade Santa.
Todavia, ela nunca atribuiu para si o conhecimento quanto à data da volta do Salvador, mas apenas nos informa que, na hora da angústia e da tribulação, foi feito o anúncio do dia e da hora da volta de Cristo aos fiéis que perseveraram até o fim.
Esse anúncio não foi feito a ela, mas ao povo de Deus, e não foi feito antes, mas durante a hora da angústia. Portanto, Ellen White não contradiz a Bíblia, que afirma que ninguém sabe o dia e a hora da volta de Jesus (Mt 24:36).